O balão lançado em Trujillo, Espanha, na madrugada de 3 para 4 de janeiro de 2016 no horário local 2:42, teve como objetivo capturar imagens da chuva de meteoros Quadrântidas, uma cooperação entre o Projeto Daedalus e o Grupo de Observação de Bólidos e Meteoros da Universidade Complutense de Madrid (BYMUCM) integrante da Rede Espanhola de Meteoros (SPMN)
Publicado no artigo “Low cost multi-purpose balloon-borne platform for wide-field imaging and video observation“
O balão atingiu a altitude de 20Km cerca de 30 minutos após o lançamento.
Nesta data e horário, a Lua, em sua fase crescente em 33%, se encontrava a 3° de altitude, na posição ESE 105°, para um observador ao nível do mar.


A carga útil científica consistia numa câmara EVIL. com um sensor retro iluminado e sistema de autogravação incluído.
Gravou a cores na resolução Full HD, a 30 fps, com 1/50 s de duração da exposição e sensibilidade de 20000 ISO.
A alta sensibilidade do equipamento (20000ISO), juntamente com a velocidade de 1/50s fez com que a Lua fosse capturada com superexposição.
A lente utilizada foi uma Sigma 30 mm f/1.4, produzindo uma ligeira vinheta nos cantos. As imagens resultantes têm uma “plate scale” de 3,5 arcmin/pixel, e o sensor da câmera cobre um FoV de 110° por 60°.
Verificando a posição das estrelas nos quadros do vídeo, e comparando com a carta celeste na data e horário do experimento, é possível identificar os astros.




Ao selecionar a área luminosa na imagem que corresponde a Lua, podemos aplicar um filtro e verificar se a fase da Lua é a prevista no mapa celeste.


Dessa forma é possível comparar a imagem filtrada com a Lua no mapa celeste.

Caso não fosse a Lua na fase crescente, não haveriam regiões escurecidas dentro do círculo luminoso..
O primeiro vídeo publicado pelos pesquisadores nos mostra com clareza a Lua em sua fase crescente, aos 33 segundos.


Abaixo outros exemplos da Lua em fase capturada como um círculo luminoso por conta da exposição excessiva.
No vídeo abaixo, de 31 de Março de 2019, obtido no site do observatório CFHT, em Mauna Kea, Havaí, a Lua se encontrava na fase minguante em 20,8%.


Ao final do vídeo observamos o nascer do Sol, o que comprova que o astro que vemos nos períodos anteriores que antecedem o nascer do Sol é a Lua em sua fase minguante.
Fontes:
https://zenodo.org/record/52630#.X4UCMHLPxPZ
https://www.hou.usra.edu/meetings/lpsc2016/pdf/2637.pdf
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